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Projeto de Inteligência Artificial que visa reduzir evasão escolar nas universidades é tema na TV UFG

Professores Anderson Soares (INF/ UFG) e Hugo Nascimento (INF/UFG) fizeram parte do bate papo para explicar a iniciativa em parceria com o MEC.

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A Universidade Federal de Goiás com professores do Instituto de Informática deram início a um projeto pioneiro, que se iniciou antes da pandemia da COVID-19, que visa reduzir a evasão escolar nas universidades. Contando com uma parceria do Ministério da Educação e de mais seis universidades federais de todas as regiões do país, a pesquisa inicialmente traça perfis dos estudantes para que, futuramente, a Inteligência Artificial traga dados cada vez mais precisos.


Professor Hugo Nascimento fala sobre os dados utilizados no projeto

 

A partir de dados de comportamento, perfil e desempenho, a IA é capaz de fazer um prognóstico do que virá a acontecer num futuro próximo. “Parte da evasão é passível de prevenção e parte, não. E, por isso, tentar perceber o que se pode tentar alterar nesse retrato do futuro é de extrema importância” explica o professor Anderson Soares.

Atualmente são usadas três tipos de informações específicas para identificar os alunos com o possível perfil de evadir e também treinar a Inteligência Artificial. São usadas informações pessoais que a universidade obtém quando o aluno realiza sua matrícula, informações específicas do curso em que o estudante está cursando e o desempenho acadêmico do estudante. Futuramente, pretende-se obter também os dados socioeconômicos.

Para a universidade, é possível criar novas ações, “O que faltava mesmo era uma ferramenta que precisasse melhor os dados.” afirma o professor Anderson Soares. A universidade já tem trabalhado com o que é possível ser realizado sem o auxílio de ferramentas computacionais. Porém, com a IA, as iniciativas em prol de uma menor taxa de evasão acontecem com uma maior rapidez. Com o nível de volume de dados que a universidade possui atualmente, a IA traz os recursos para extrair as informações necessárias”, explica o professor Hugo Nascimento.

O professor Anderson Soares elucida que “A insatisfação, que é uma grande causa de evasão, não acontece de um dia para o outro. Esse indivíduo dá sinais, e a IA consegue identificar e individualizar”. A partir disso, é possível realizar mais rapidamente ações pedagógicas. Porém, mesmo com diversas ações sendo realizadas dentro das universidades, ainda não há recursos e estruturas para tratar de todos os problemas em específico. Por isso, o projeto criou também um chatbot para que uma conversa virtual seja realizada com o aluno a fim de tentar entender suas necessidades e problemáticas.


Professor Anderson Soares fala sobre a especificidade alcançada pela análise de Inteligência Artificial

 

O que os professores já podem adiantar é que com informações de estudantes já egressos, inclusive dados específicos de cada curso da universidade, já é possível tirar algumas conclusões. Outro ponto alto da pesquisa é a especificidade alcançada. A IA é capaz de dizer não apenas de maneira generalizada dos estudantes, mas também trazer dados de estudantes em específico, e que, apesar dos dados não possuírem certezas absolutas, podem ajudar no diagnóstico. O objetivo agora é expandir o projeto para toda a rede federal de ensino, a fim de promover ações pedagógicas que diminuam cada vez mais a evasão escolar.


O vídeo completo com a entrevista pode ser acessado no canal da TV UFG no YouTube.

 

Texto: Valeska Fernandes

Categorias: notícias TV UFG inteligência artificial